Antes da cirurgia eu raramente me pesava, a maioria das vezes só acontecia quando ia ao médico.Imaginem minha cara de paisagem nesses momentos... Não gostava de me pesar porque sempre sentia uma sensação terrível de decepção comigo mesma. Balanças eram minhas inimigas, me geravam uma incrível angústia porque me faziam encarar a realidade. E encarar a realidade, para quem finge que não está ligando mas liga sim, pode ser bastante doloroso.
Depois da cirurgia comecei a me pesar de maneira mais frequente para acompanhar e evolução da perda de peso. E é uma sensação muito boa acompanhar os quilinhos indo aos pouquinhos embora, ver cada pequena vitória é uma alegria, e é nessa fase que começamos a fazer as pazes com a balança. Começamos a gostar da danada.
Com 10 meses de operada e faltando 2 quilos para atingir minha meta pessoal eu percebi que o foco da minha preocupação ao me pesar mudou. A maior preocupação agora é ver o meu peso estabilizado. É claro que se eu eliminar este dois últimos quilinhos vou ficar muito feliz, mas hoje a preocupação é não voltar a engordar.
Minha relação hoje em dia com a balança é de me pesar uma vez por semana. Acredito que como tenho problemas com o peso e me submeti a uma cirurgia para emagrecer (que não faz milagres) tenho sempre que me vigiar. Estou parecendo uma louca falando assim?
É que antes eu não queria enxergar a situação e acabei chegando aonde cheguei, então, agora sinto que tenho que sempre "estar de olho". Acredito que agora utilizo a balança mais ou menos como um "termômetro" da minha dieta. Se aumentar uns quilinhos será um alerta para ver aonde estou errando, aonde estou abusando e também para frear a situação e não deixar a coisa ficar fora do controle.
Antes eu olhava meio torto para as pessoas que tinham essa preocupação, hoje dou razão a elas. Não quero mais viver alienada do meu próprio corpo, quero me cuidar, mas sem obsessão. As vezes me pergunto: qual é a linha tênue que separa o que é normal do que é obsessivo? Quem se pesa todos os dias é menos normal do que a pessoa que se pesa uma vez ao mês? Isso pode ser avaliado de maneira objetiva ou só subjetivamente? Porque só quem passa ou passou por problemas assim sabe como é complicada esta questão.
Quero ter a balança como uma aliada, não quero ser sua escrava. Mas esse ponto de equilíbrio é difícil de ser encontrado. Será que depois de tantos conflitos com o meu peso eu poderei algum dia encontrar esse ponto de equilíbrio? A verdade é que ainda não encontrei.
É que antes eu não queria enxergar a situação e acabei chegando aonde cheguei, então, agora sinto que tenho que sempre "estar de olho". Acredito que agora utilizo a balança mais ou menos como um "termômetro" da minha dieta. Se aumentar uns quilinhos será um alerta para ver aonde estou errando, aonde estou abusando e também para frear a situação e não deixar a coisa ficar fora do controle.
Antes eu olhava meio torto para as pessoas que tinham essa preocupação, hoje dou razão a elas. Não quero mais viver alienada do meu próprio corpo, quero me cuidar, mas sem obsessão. As vezes me pergunto: qual é a linha tênue que separa o que é normal do que é obsessivo? Quem se pesa todos os dias é menos normal do que a pessoa que se pesa uma vez ao mês? Isso pode ser avaliado de maneira objetiva ou só subjetivamente? Porque só quem passa ou passou por problemas assim sabe como é complicada esta questão.
Quero ter a balança como uma aliada, não quero ser sua escrava. Mas esse ponto de equilíbrio é difícil de ser encontrado. Será que depois de tantos conflitos com o meu peso eu poderei algum dia encontrar esse ponto de equilíbrio? A verdade é que ainda não encontrei.