Já faz um tempão que estou tentando me adaptar a uma prática de exercício físico. Tentei natação, mas meu medo da água foi maior, e após seis meses desanimei.
Tentei musculação, mas achava um saco aquele ambiente pesado e neurotizado de academia.
Cogitei até fazer dança do ventre. Mas as minhas pelancas falaram mais alto. Ainda me sinto constrangida com elas.
Mas meu cirurgião sempre me cobrava isso nas consultas, a necessidade de fazer um exercício físico. Eu emagreci muito, 52 no quilo total, e sem atividade física perdi muita massa magra também, o que não é nem um pouco bom.
Em cinco anos eu fiquei totalmente sem força física, e não foi por falta de orientação médica não.
Até que encontrei o chamado treino funcional. Só que para pagar todos os meus pecados é feito na areia; E pensem num trem intenso, mas não nego, adorei. É ao ar livre, é em grupo, as pessoas que treinam comigo são reais (não aquelas super bombadas). Os exercícios são dinâmicos, e toda semana o treino muda.
Já estou treinando a quase dois meses e já fiz cada exercício que nunca imaginei que conseguiria. Já corri até arrastando pneu, e olha que eu não conseguia correr. Simplesmente não conseguia!
Além de descobrir que eu não sabia como correr. A treinadora me ajudou a melhorar muito meu equilíbrio e coordenação motora.
O treino na areia é muito, muito desgastante. Termino o treino mortinha. Mas o lado maravilhoso e que como os exercícios são muito dinâmicos, você, com o tempo, vai ganhando força, equilíbrio, flexibilidade, condicionamento e resistência.
É um treino muito indicado para quem quer emagrecer porque é puxado pra caramba e queima mesmo. Derrete tudo! Na primeira semana você fica toda dolorida. Subir e descer escadas é quase impossível, você até cogita em nunca, jamais voltar ao treino.
Mas depois a gente pensa direito, lembra de nossos objetivos e decide voltar e persistir. E vou falar para vocês, toda aula é uma superação. Pois o treino nunca é o mesmo e necessitamos sempre nos superar.
Estou lá porque preciso de força, resistência, condicionamento e é claro coordenação motora. Pensem numa serumaninha que é descoordenada. Prazer, eu!
De aspecto negativo eu só notei a relação da areia com os pés. Primeiro, inocentemente eu tentei treinar de meias, mas elas não aguentam o atrito e se desfazem. Depois desencanei e fui treinar descalço mesmo. Mas meus pés ficaram ásperos e eu não gostei. Daí uma das gurias do grupo comprou uma botinha de neoprene (aquelas que os mergulhadores usam) e parece que isso solucionou a crise. Vou comprar uma também.
Tô gostando muito e realmente indico. Só repito que é preciso querer se superar. Depois disso caímos de paixão e então viramos fã.