"Sou exigente com a beleza: ela tem que vir de dentro."
A maioria das meninas que leio/acompanho o blog são casadas ou estão namorando. Tanto as que operaram, as que vão operar e as que fazem RA. E é nesses blogs (e as vezes em rede sociais) que vejo comentários sobre o namoro, paquera, amor das pessoas gordinhas ou obesas.
Eu realmente fico encantada com as meninas que contam que sempre foram paqueradas, namoraram, casaram, tiveram seus filhos independentemente do seu peso. Caramba, acho muito legal isso porque na minha cabeça essas meninas foram realmente amadas pelo que são independentemente de qualquer coisa.
Eu sempre vivi o outro lado da moeda. Era praticamente invisível para o mundo masculino. Digo praticamente porque tive algumas poucas experiências por aí...
Aos 31 anos namorei muito pouco. Acredito que grande parte disso foi devido a minha maneira de ser e a outra parte por ser obesa. Não era uma pessoa desencanada que levava a obesidade numa boa não. Era extremamente complexada e fazia de tudo para viver no meu mundinho, de preferência bem longe dos rapazes.
Aos 31 anos namorei muito pouco. Acredito que grande parte disso foi devido a minha maneira de ser e a outra parte por ser obesa. Não era uma pessoa desencanada que levava a obesidade numa boa não. Era extremamente complexada e fazia de tudo para viver no meu mundinho, de preferência bem longe dos rapazes.
Ser invisível para "eles" era ao mesmo tempo um alívio e terrível. O lado "bom" é que não queria que me notassem... obesa, e não ser notada me dava um pouco de alívio. Estranhamente, o lado terrível também era não ser notada, rsrs, pois daí vinha a quase total inexistência de vida amorosa, e poxa, isso doía bastante, afinal eu tinha meus sonhos como qualquer pessoa.
E foi, depois de viver uma vida inteira obesa, com baixíssima auto estima, psicológico um caco, quase fóbica social e 54 quilos acima do peso normal optei pela cirurgia. Em um ano saí dos 120 quilos para os 66. E do nada eu apareci, deixei de ser invisível. Desde então comecei a receber atenções, telefonemas, convites e pedidos que antes nunca recebi. Até insistentes encontrei no meu caminho depois de emagrecer uns quilos.
E foi, depois de viver uma vida inteira obesa, com baixíssima auto estima, psicológico um caco, quase fóbica social e 54 quilos acima do peso normal optei pela cirurgia. Em um ano saí dos 120 quilos para os 66. E do nada eu apareci, deixei de ser invisível. Desde então comecei a receber atenções, telefonemas, convites e pedidos que antes nunca recebi. Até insistentes encontrei no meu caminho depois de emagrecer uns quilos.
Hoje os homens se acercam de mim, antes nem a pau. Hoje eu posso ser a namorada que se apresenta a família, antes nem a pau. Hoje recebo gestos de atenção e delicadeza que antes não recebia. Sabe o mais estranho disso tudo? Sou só eu, a Raquel. Seja com 120 ou 66 quilos, sou somente eu. Daí fico imaginando o quanto nós podemos ser superficiais (humanos).
A minha cabeça não entende essa dinâmica. Ela processa as coisas assim: quem realmente gosta de você, gosta do jeito que você é e ponto. Mas o difícil mesmo é encontrar por aí alguém que se se permita te ver como você é e não como você aparenta. Por isso digo e repito, acho lindo quando vejo as meninas contando sobre seus namorados e esposos. Valorizem meninas, isso sim é gostar de verdade e é raro no dias atuais.
O meu desafio atualmente, com todas essas mudanças é não me permitir ser igual àquelas pessoas que só enxergam parte e não o conjunto inteiro. É perceber além das aparências as pessoas, pois acredito que o que é realmente importante nessa vida não podemos ver, o essencial é invísivel aos olhos, mas é sempre muito claro ao coração.
O meu desafio atualmente, com todas essas mudanças é não me permitir ser igual àquelas pessoas que só enxergam parte e não o conjunto inteiro. É perceber além das aparências as pessoas, pois acredito que o que é realmente importante nessa vida não podemos ver, o essencial é invísivel aos olhos, mas é sempre muito claro ao coração.
Adorei esse post, Raquel. Conseguiste traduzir muita coisa desse nosso "ex" mundo. Felizmente, eu pude fazer parte dessa estatística que mostraste, daquelas que tinham um namorado que amava e respeitava antes da cirurgia. Tenho, aliás. Que se antes já me amava, hoje demonstra ainda mais isso a cada dia, a cada limitação por conta da cirurgia (ainda não fiz um mês), a cada mudança na dieta, a cada kg perdido (por ele percebido antes mesmo do que por mim).
ResponderExcluirMas eu, mesmo namorando, sempre fui muito complexada. Nunca levei a obesidade numa boa, e me escondia sim do mundo inteiro. Hoje eu vejo que a vida vai mudando, a aparência vai se transformando (pra melhor, graças à Deus), mas na essência sempre fui, e sempre serei euzinha aqui. bjs
Que legal isso Raquel.
ResponderExcluirEu nunca gostei de ser gorda, mas também não era assim tão fechada.
Assim como a Ninha eu me encaixo nesse perfil que você falou, tenho um marido maravilhoso, que sempre me amou mesmo obesa, que é lindo e ainda 7 anos mais jovem que eu. Por isso valorizo tanto ele, porque sei que ali existe amor de verdade, e toda vez que penso em ficar bonita é nele que estou pensando, afinal de contas ele merece ter uma esposa feliz e vaidosa, coisa que eu já tinha deixado de ser com a obesidade.
To na mesma que vc Raquel.
ResponderExcluirNunca tive um relacionamento serio, tudo era curto e tchau.
Acho tão legal quando vejo as meninas que tem blogs e são casadas ou tem namorados, mas se vc notar, a maioria delas era magra quando conheceram os maridos e namorados e eles estão com elas apesar de tudo, e isso é mais bacana ainda.
Bom comigo não aconteceu isso e nem com vc e com certeza não somos as unicas. HEHEHE
Um dia o cara certo chega né.
Bjusss
Que post lindo! Eu nunca tive problemas de conquista, mesmo com o excesso de peso... mas agora que emagreci, vejo e sinto uma abordagem bem diferente. Antes era como se "final de noite, não tem nada melhor, vou baixar naquela gordinha"... agora não...
ResponderExcluirMas o legal é que meu atual namorado me conheceu gordinha... nós nos gostavamos, mas não pudemos ficar juntos antes... agora nos reencontramos, e estamos felizes!
Temos q ser realistas e saber separar o joio do trigo... quem se aproxima só pela beleza/magreza, talvez não seja alguém de valores tão bacanas... mas não podemos ser radicais... equilibro é a resposta pra tudo!
Beijos
Quando o plano de saúde negou a minha cirurgia eu nem liguei... Juntei as moedas e os trocados e fiz minha cirurgia no particular. Minha saúde não podia esperar, e eu tenho certeza que se não tivesse feito na época que fiz, não estaria aqui agora... Então já estou economizando as misérias de volta pra reparadora... Não vou ficar esperando o plano aprovar. Beijo
ResponderExcluirFalou tudo amiga!! Você tem que valorizar quem te valorizar antes, mas dando oportunidade pra quem realmente enxerga o seu interior!! Estou muito feliz por você e fico encantada que todas as atenções, olhares e assobios estão voltados pra você!! É uma nova vida que se aproxima e você merece!! Bjocas
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