Fazer exercícios físicos para mim sempre foi um problema. Eu até tentei fazer algumas vezes. Fiz judô por alguns meses e a tão temida academia por algumas semanas, mas não me sentia bem lá. Eu pensava que aquilo não era para mim, só para as meninas lindas e esculpidas. Olhava para elas, olhava para mim e com poucos dias desistia. Me sentia uma estranha no ninho, como se aquele não fosse um lugar para mim, que eu não tinha o direito de estar ali, que boba eu era.
Eu morria de vontade de aprender a nadar, mas só de pensar em por um maiô e aparecer na frente das pessoas eu desistia da idéia. Adorava ir as aulas de judô, até que um dia o professor propôs aos alunos um exercício. Atravessar o tatame sentados e utilizando somente a força das pernas para isso. O problema é que todos da turma foram e voltaram e eu ainda estava na metade da ida. Todos ficaram me esperando terminar, e isso demorou um tempão. Ficaram conversando, tudo normal. E o professor que notou meu constrangimento e viu que eu ia desistir quis me incentivar começou a dizia: "- Vamos Raquel, vamos! Força! Eu terminei o exercício e o treino continuou normalmente, mas eu fiquei com tanta vergonha que nunca mais voltei na aula. E o que era para eu levar na esportiva, porque foi uma coisa sem importância eu a transformei num monstro. Me senti muito mal, humilhada e abandonei o judô.
Depois disso eu pensei, "tudo bem Raquel, já que você se sente estranha no
meio das pessoas, então vamos fazer exercícios em casa mesmo,
sozinha". E então chegava a segunda parte do problema: o desânimo, a
preguiça. Então veio a idéia de fazer caminhadas com minhas amigas, mas eu sempre combinava e nunca ia.
Muito tempo passou, me fechei mais, sofri mais e quando estava no fundo do poço busquei ajuda. Essa semana, com 3 meses de operada, eu me matriculei na academia. Voltei por dois motivos: recomendação do cirurgião e pela vontade de realizar as coisas que eu desejava tanto mas que coloca tantos empecilhos. Agora vou aprender a nadar, vou fazer aula de dança porque eu sempre quis fazer isso, sempre. E quando olho para trás me sinto uma boba por perder tantas oportunidades, por deixar de viver tantas coisas por causa de complexos e medos.
Oi Raquel, estou me sentindo estranha na academia, mas estou tentando não pensar muito nisso, me faz bem fisicamente e é isso que importa. Fé e coragem, vai dar tudo certo e vc ficará ainda mais magra e linda.
ResponderExcluirOi Eve, é estranho frenquentar academia né? Mas não esquenta não, não liga pra ninguém, faça o que você gosta e aproveite muito. Beijo e obrigada pela visita.
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