E não é que por fim consegui preencher o diário alimentar. O melhor de tudo é que ele não era o bicho papão que eu pensava.
Anotei durante seis dias todas as refeições que fiz, a hora que comia, o tempo que gastava em cada refeição, o que comia, a quantidade e como me sentia antes e depois das refeições.
Para mim o resultado foi positivo. O que me impressionou muito foi que ao ter que me observar, acabei descobrindo que nunca tive o cuidado (ou interesse) de me observar, vivia no “automático”.
Senti um “choque” ao tomar consciência da quantidade exata do como. Me assustei um pouco. Mas passado o choque, eu já estava tentando modificar algumas coisas que começaram a me incomodar.
Em poucos dias, quando eu ia comer alguma coisa eu parava um minuto, pensava nas coisas que já havia comido, na quantidade, tentava ter certeza que estava com fome e que aquilo que eu ia comer tinha qualidade e só depois comia. Saí do “comer automático”.
Algumas coisas que descobri com o diário:
Anotando o tempo que se leva para ingerir as refeições você pode observar a mastigação. É importante observar a mastigação porque ela está diretamente ligada ao sentimento de saciedade, assim, quanto mais mastigamos mais saciados nos sentimos e tendemos a comer menos. Mas vou confessar, é um saco mastigar muito, dá uma agonia danada, e até se acostumar leva um tempo.
Anotando os horários pode-se observar se você é “beslicador”, se costuma pular refeições, se passa muitas horas sem comer, etc.
Anotar a quantidade e o que se ingere te ajuda a ter noção da qualidade e das modificações que você pode fazer na quantidade.
Anotar os sentimentos antes e depois de comer é essencial porque você pode, como aconteceu comigo, descobrir que come automaticamente, por ansiedade, tristeza, e muitas vezes sem fome.
Bom, a idéia do diário me agradou muito, me ajudou bastante, e vou continuar usando até me habituar a me observar.
Vou deixar aqui um exemplo do diário para baixar. Quem quiser em formato pdf é só pedir por e-mail. Espero que ajude.