LilySlim Weight loss tickers

segunda-feira, setembro 30, 2013

Cirurgia bariátrica não é brincadeira


Este post é para as "Alices", que parecem viver no país das maravilhas e se comportam como se submeter a uma gastroplastia fosse uma brincadeirinha.

Participo (em redes sociais) de grupos sobre gastroplastia e é muito comum ler coisas de deixar qualquer operado (que tem o mínimo de bom senso) espantado com a tamanha falta de noção de algumas pessoas. 

Não sei exatamente se é porque a ficha delas não caiu ainda sobre a seriedade da cirurgia ou porque elas pensam que a bariatrica é moda O que me deixa mais indignada é que muitas delas se comportam como crianças mimadas, fazendo birra quando as coisas não saem do jeito e na hora que elas querem. 

Outro dia fiquei boba ao ler um post onde uma moça falava mal de um pneumologista. O motivo da revolta da moça era porque o médico explicou que ela deveria refazer uma polissonografia e depois usar cpap durante um mês antes da cirurgia, pois o primeiro exame havia diagnosticado apneia severa. 

Refeito o exame, ele liberaria o laudo referente a sua especialidade. A pessoa em questão ficou tão contrariada com a história que até colocou em dúvida a honestidade dele, chegando a dizer que ele poderia  estar procurando ganhar "mais" dinheiro "em cima" dela.

 "Peralá" né, por favor! O médico só estava sendo ético, profissional. Se a pessoa possui um grau de obesidade III, se a pessoa tem apneia severa, se ela não está conseguindo respirar normalmente nem em seu dia a dia, imagine sob efeito de anestesia.

Poxa, gente! Gastroplastia não é moda, não é brincadeira não. O pior de tudo foi ler as respostas ao post. Algumas diziam que o médico queria era dinheiro mesmo, que o comportamento dele era estranho, que havia sido o laudo mais fácil e por aí segue.


Mas senta que lá vem a história. Tempos depois, a  mesma criatura reaparece e abre outro post dizendo que usou o cpap durante a segunda polissonografia e que havia conseguido dormir muito bem, descansar de verdade e que não devia ter falado aquilo do médico.

 Só para constar as mesmas pessoas que falaram borracha ficaram caladinhas... Sem comentários, né? Tem horas que penso que tem gente que merece é médico açougueiro e mercenário mesmo. Sei lá, acho que nesse mundo a pessoa deveria desconfiar é do que é fácil demais, rápido demais.

Em outra oportunidade uma outra moça estava colocando em dúvida a competência da psicóloga porque ela pediu para conversar com o esposo e a filha da paciente antes de dar o laudo.

Nesse ponto vou deixar uma dica super valiosa: sempre procure psicólogo que tenha especialidade em distúrbios alimentares, sempre. Eu simplesmente não entendo o que passa na cabeça destas pessoas. Não compreendo! Cirurgia bariatrica não é como ir a manicure não gente, acorda!

Apesar dos índices de óbitos serem baixos e cirurgia ser bastante segura ela ainda é tratamento utilizado como último recurso para quem sofre com obesidade e não obteve êxito com outros tratamentos. Gastroplastia não é procedimento estético, não é milagre, não é oba oba. Por isso é fundamental fazer todos os exames que a equipe pede  e seguir as recomendações direitinho também. É sua vida, pense nisso, sua vida. 

Uma pergunta que sempre escuto: "quanto tempo demora da primeira consulta até o dia cirurgia?" MESES. Isso mesmo, MESES. Mas são meses necessários, acredite. O mais importante não é receber os laudos rapidamente, o que realmente importa mesmo é fazer um pré operatório mais criterioso possível, aquele que te ajude a evitar tudo de ruim que pode ser evitado. O que você considera mais importante, perder um tempo maior no pré e ter uma boa recuperação ou deixar tudo nas mãos do acaso (complicações, morte)?

Se você acredita que não tem tempo e não pode esperar por nada, então reveja suas prioridades. Talvez você ainda não esteja preparado para a cirurgia. 

Provavelmente você está se submetendo a essa cirurgia para ter uma vida melhor, com mais qualidade. Então tenha um pouquinho mais de paciência e faça tudo que esteja ao seu alcance para que a cirurgia seja uma benção em sua vida, não motivo de tristeza para seus familiares. Por favor, se trate com carinho e respeito e sem atropelar nada aproveite, deguste sua mudança, suas conquistas e vitórias.

terça-feira, agosto 20, 2013

Açúcar, o vilão.


O  tema que comentarei aqui hoje não é novidade, muito ao contrário: o açúcar pode ser um vilão, um grande sabotador. Você que já operou, que já perdeu e estabilizou o peso, tome muito cuidado com a ingestão de docinhos, refrigerantes (e álcool também).  Você que está em processo de emagrecimento, achou que ia te deixar de fora? Não! Você entra na lista também. A ingestão de açúcar (álcool) pode dificultar/sabotar seu processo de emagrecimento. 

Sabemos que em nossos novos minis estômagos não cabe grandes volumes de comida, pequenas quantidades nos dão a sensação e saciedade, porém, o doce (álcool) é tão traiçoeiro que ele não entra nessa regra. Já percebeu como você pode comer doce a vontade sem encher? Você enjoa, mas não enche. Daí é que vem o perigo, excesso de caloria vazia sabotando sorrateiramente nossas tão sonhadas pazes com a balança.

A regra de ouro é: se não quer ver todo seu esforço (lembra de todo o seu sofrimento pré e pós operatório?) jogados pelo ralo tome cuidado, evite. Faça substituições, tenha foco e disciplina e só se permita comer um docinho a vontade de vez em quando. Esse é o segredo, se deixar virar regra, rotina você vai colocar a perder tudo. 

Tá me achando terrorista hoje? Ando mesmo. Uma das coisas que meu médico me avisou lá atrás, há quase dois anos, e estou sentindo na pele agora foi sobre a ingestão de doces. Na época isso foi o que menos me preocupou porque antes de operar eu não dava bola para doce não. Durante o processo de emagrecimento não tive problema nenhum, pois o doce não estava presente na dieta. O drama explodiu agora já que agora me transformei numa formiga, numa devoradora de doces. Sinto uma necessidade enorme e constante de ingerir doces e isso tem me chateado demais. Chocolate então, nem conto, abafa o caso... O caso é que isso pode se transformar num problemão se não estivermos no controle da situação. O problema é deixar a situação sob controle...

Nem vou mencionar o fato de estar morrendo de medo de despertar o monstro compulsivo, devorador que tenho em mim e que anda adormecido há quase dois anos. Ai, ai, ai. 

O lado positivo que percebi, ao vivenciar essa situação, é que detectei a situação antes de começar a subir de peso e posso utilizar isso a meu favor. O lado negativo é que sempre fui fraca para comida, rsrs. Brincadeira a parte fica o alerta e a dica.

quarta-feira, julho 24, 2013

Laila

''Animais são anjos disfarçados, mandados à terra por Deus para mostrar ao homem o que é fidelidade''

Quando tive a oportunidade de ir, por primeira vez, conhecer minha sogra, que mora em uma cidade próxima a minha, conheci também a Laila. Quando cheguei a casa, ainda admirada com o belo jardim que a senhora cultivava, e também logo após os tímidos cumprimentos a dona da casa, percebi que uma linda cocker spaniel me cheirava. 

Encantada com ela me abaixei e a chamei para fazer-lhe um carinho, porém, o máximo que ela fazia era se aproximar para me cheirar se afastando logo em seguida para seguir me observando a distância. A dona da casa, me confidenciou que estava surpreendida com fato de Laila não ter latido para mim, ela latia para todos. Mas o que ficou bastante claro para mim, nesse primeiro encontro, foi o fato de que Laila era o tipo de cadelinha que tem que ter o carinho conquistado.

Na segunda vez que voltei a casa de minha sogra, novamente tentei me aproximar de Laila. A chamava e me agachava, incentivando-a a se aproximar. Porém, apesar da minha tentativa de fazer amizade ela só me observava sem se deixar acariciar. Ela até abanava o rabinho, demonstrando sinais de simpatia, porém, não de uma amizade.

Um tempo depois, quando novamente tive a oportunidade de visitar minha sogra, já estava convencida de que Laila era o tipo de animal que se demora a conquistar a confiança e  que portanto levaria um longo tempo até que ela me permitisse tocá-la.

Nessa viagem, em uma manhã, tive uma discussão com meu namorado. Contrariando minha natureza chorona, segurei as lágrimas. Com o passar das horas, a irritação ia cedendo, mesmo assim ainda me sentia inquieta. A tarde, após o almoço, ainda me sentindo sufocada, decidi dar uma volta pelas ruas próximas, necessitava  me distrair, desfazer aquelas más impressões. 

No meio do caminho, encontrei uma pequena livraria e fui atendida por um senhor muito atencioso a carismático. Conversamos por um tempo a após comprar alguns livros, voltei para casa.

Ainda me sentindo agoniada pela situação ocorrida na manhã, decidi ficar no jardim lendo um pouco. Me sentei num cantinho do jardim. Percebi que ainda me sentia magoada. Nesse momento então, certificando-me que me encontrava sozinha, não contive mais as lágrimas e as deixei que escapassem livremente.

Acredito que permaneci mais ou menos uma hora, sentada no jardim chorando. Quando a Laila (que também estava no jardim dormindo) me notou chorando começou a latir. Pela primeira vez latiu para mim. Pedi a ela que não o fizesse, pois acordaria minha sogra que descansava na sala. Porém ela continuou latindo e eu permaneci sentada, deixando as lágrimas saírem, escutando-a latir. Em certo momento, ela percebendo que não conseguia com os latidos, desviar minha atenção para que parasse de chorar, se aproximou lentamente e sentou pertinho de mim.

Eu ainda me encontrava com a cabeça baixa quando a escutei chorar também. Assustada ergui a cabeça e a olhei. Ela também estava chorando! Fiquei por alguns segundos olhando para ela. Fiquei tão pasma com a cena que parei de chorar, inacreditavelmente a Laila também... Como estava próxima a mim, passado o susto inicial, a chamei, e nesse momento, por primeira vez, ela me permitiu que a acariciasse. Me senti muito emocionada com a cena. Enquanto acariciava seu pelos delicadamente, Laila me olhava docilmente.

Na verdade eu não sei exatamente o que aconteceu naquele dia, me pergunto se a Laila teria notado minha tristeza e demonstrado solidariedade. Seria possível isso? Só sei que depois desse momento, entre nós duas nasceu uma amizade.

Alguns minutos depois desse fato minha sogra apareceu no jardim, me procurando para lanchar. Percebeu minhas lágrimas, porém eu as neguei. Não queria que ela soubesse, não por nenhum motivo especial, mas porque não queria preocupá-la com aquele tema. E o namorado? Fizemos as pazes naquele mesmo dia. Não comentei com ninguém o ocorrido com Laila, talvez por medo de que ninguém acreditasse, na verdade não importava muito isso, meu coração sabia bem o que havia acontecido.

Nem sempre na vida vivemos um mar de rosas, mas com certeza a vida, mesmo em meio a tristeza, sempre dá um jeitinho de nos mostrar que nunca estamos sós, só precisamos estar mais atentos aos sinais. Muitas vezes em pequenos gestos podemos encontrar (gerar) grandes emoções, e lembranças especiais que sempre levaremos em nossos corações.

Já fazia tempo que eu tinha um olhar diferente sobre os animais nossos irmãozinhos menores, para mim nunca os considerei somente animais. Porém, são esses pequenos acontecimentos que fazem a ter uma certeza muito maior de que eles são verdadeiros presentes de Deus, anjos em nossas vidas.

terça-feira, junho 04, 2013

Bari...frio!

Oi, oi, oi, bariamiga(o)s!

E não é que junho chegou arretado mesmo, rsrs. Que frio! Ou meu melhor, que barifrio. Antes de operar não sentia esse frio todo não. Agora o sistema é bruto, sinto frio constantemente. O que me consola um pouco é que parece que não sou a única não, vejo muitos operados falando do mesmo firo. O jeito é se agasalhar bem, rsrs.

Mas o mês de junho não se resume só ao frio não. É também o mês das festinhas juninas que adoooroooo, acho tudo de bom. Tem o dia dos namorados... E tem, para as moças casadoiras, até o dia de Santo Antônio, rss, (brincadeira gente, rsrs). 

Mas deixando o caríssimo Santo Antônio em paz, rsrs... esse mês também é o que farei a revisão de um ano e oito meses de gastro. Quase dois anos já, nem acredito. Consulta marcada com o cirurgião para o dia 15. O que posso dizer é que meu peso está estabilizado em 69 quilos. Não é o que eu queria, mas como ainda tenho plásticas a fazer acredito que acabarei com meus sonhados 66 quilos, rsrs. 

Também posso dizer que notei que agora eu virei uma formiga. Preciso cuidar muito disso, pois tenho sentido grande necessidade de comer doces e eles sabotam tudo, quando ingeridos de maneira excessiva. No mais, a dieta vai bem, mas não nego que pode melhor mais. 

Outra coisa: não é sempre, geralmente quando passo por momentos de tensão ou ansiedade, mas tenho sentido dorezinhas do estômago. Conhecendo um pouco meu médico, com certeza terei que fazer endoscopia. 

No mais, vamos que vamos, continuar nossas caminhadas que ora são leves, ora são íngremes, mas que definitivamente nos levam sempre a caminhos sempre melhores. 

Espero que vocês postem fotos dos arraiás d'ocês, rsrs.  Uma beijoca.



sexta-feira, maio 03, 2013

Começando a segunda etapa

Bariamigas,

Por que será que o ser humano nunca está satisfeito com o que tem? Por que tantas vezes somos assim, nunca nos contentamos? Talvez isso até seja bom se direcionado para um bom lado, nos impulsiona a mudar, a crescer. Mas também tem um lado negativo quando não bem orientado. Estou passando por essa insatisfação e me sinto bastante chateada. Antes me sentia muito mal pela obesidade, agora pelas pelancas. Ando me sentindo tão estranha e não queria me sentir assim. Queria simplesmente só me sentir bem, afinal, estou bem, estou saudável. Que chatice! Por que sou assim? 

Hoje li um post de uma lindinha aqui da blogosfera que falava sobre essa obsessão por perfeição e fiquei pensando se ando me encaixando nisso. Meninas, emagreci 54 quilos, emagreci tanto, mas tanto que até meus seios perdi.Tenho um ano e sete meses de operada. E agora quando me olho no espelho me sinto tão estranha, sem forma. Será que ser saudável não basta? Ah... sei lá, sou complicada mesmo...


Será que minha cabeça anda tão influenciada assim pelos padrões de beleza atuais? Isso me preocupa demais. Preocupa porque se eu me permitir entrar nessa onda vou pirar. Vivemos num mundo onde nunca nos achamos suficientemente bons em nada, sempre buscando o mais e o melhor. Influenciados por isso vivemos ansiosos, depressivos, doentes. Na verdade deveríamos andar mais preocupados em sermos nós mesmos e vivermos bem.


Mas ando incomodada demais com as peles. Seria isso normal ou não? Tenho me questionado muito sobre isso. Nessa agonia minha marquei consulta com o cirurgião plástico. É agora dia 06. Vamos ver o que ele tem a me dizer depois de escutar essas minhas doideiras (e vou contar tudinho mesmo). A minha ideia é falar com ele sobre retirar a pele da barriga e colocar um peitinho, rsrs. 

Em breve volto para contar como foi o resultado. (:




terça-feira, abril 23, 2013

No pain, no gain.

Hoje queria dividir com vocês aquelas velhas inquietações que me tomam a alma vez em quando. Gente, mudar, transformar, evoluir exige de nós uma conduta. É aquele velha conversa: se queremos mudar nossas vidas temos que começar a agir de maneira diferente. Não podemos esperar resultados diferentes se fazemos sempre tudo igual. O problema é que isso exige de nós a saída da zona de conforto, o enfrentamento do desconhecido e isso assusta demais. E é assim, cheios de medos, que muitas vezes nos agarramos a algo que não nos faz bem, mas nos sentimos inseguros demais para enfrentar a mudança. Nesse ritmo deixamos o tempo passar (semanas, meses, anos) e, mesmo com aquela vontadezinha de mudar no coração, acabamos nos acomodando.

Outras vezes, damos o primeiro passo e decidimos promover aquela mudança, daí buscamos apoio e acabamos escutando uma enxurrada de palavras negativas que nos deixam arrasados e muitas vezes sem ação. 

Outro dia recebi um e-mail de uma mocinha me contando que estava fazendo RA, estava emagrecendo (já havia emagrecido 14 quilos) e estava super feliz, mais vaidosa. Mas estava sofrendo com um problema: algumas pessoas estavam dizendo que ela estava metida e blá, blá, blá.

Caramba, como algumas pessoas não sabem disfarçar nadinha o despeito de ver outras pessoas felizes. A língua sempre cheia de veneno. Aff! Por isso mesmo que devemos evitar pessoas negativas, cortar de nossas vidas pessoas que só tem palavras de desânimo, os despeitados. Se nós já temos nossos medos, ainda vamos deixar os outros nos desencorajar? De jeito nenhum! Afaste pessoas assim. Não importa se é familiar ou não. O importante mesmo é você nem escutar coisas assim, pessimismo é contagioso. 

Também é importante saber calar. Não conte tudo para todo mundo. Um pouco de reserva não faz mal a ninguém. Fale pouco sobre seus projetos, só para quem for essencial. E para os enxeridos de plantão, faça-se sempre de desentendido. Eles ficarão na dúvida e você será poupado de opiniões maldosas. 

Sabe algo que tem ficado cada dia mais claro para mim ultimamente? "No pain, no gain". Fataço! Sem esforço, não há recompensa.  Seja para emagrecer ou para qualquer outra coisa em nossas vidas. Se não sacrificarmos algum mal, não alcançaremos nenhum bem. Então além de ser muito importante dar o primeiro passo para a mudança (mesmo com dúvidas, mesmo com medo), é muito, mas muito importante lutar, persistir, não desistir.  

Se sabemos que pessimismo é contagioso, a boa notícia é que o otimismo também é! Não perca seu tempo com pessoas vazias, com pessoas que não têm nada a acrescentar só palavras ruins. Isso não é ser chato ou metido, isso é evitar vampiros emocionais. 

Nossas lutas não são em vão, elas nos trazem um resultado. Procure dedicar mais sua atenção as palavras positivas, pois são elas que te ajudarão a construir uma base bacana para enfrentar as lutas sem desanimar, vai te dar bons recursos para uma sustentabilidade emocional. Procure conviver mais com pessoas que acrescentem, é muito válido.

Nos últimos meses tenho escutado diariamente algo que tem  me feito muito bem, queria  dividir com você, que está numa luta danada (seja ela qual for):

Você vai conseguir alcançar seus objetivos (FATO), só precisa desistir, definitivamente, de desistir.


Acredite em você.

segunda-feira, março 18, 2013

01 - Amo muito!


Bariamigas,
 
Decidi postar algunas coisinhas diferentes no blog. E estou inaugurando hoje o "Amo muito!". A idéia é trazer, uma vez por semana, algo bem prático, fácil e bacana para fazer em nossas amadas madeixas. Essa será a primeira mudança,
estou programando mais algumas para breve. Espero que gostem.
Beijos



segunda-feira, março 11, 2013

Dieta pré páscoa

Coelhinho da páscoa o que trazes pra mim? Um quilo, dois quilos, três quilos assim.

A páscoa está tão pertinho. Que novidade estou contando, né? rsrs. Pois é, mas esse ano estarei preparada para ocasião. Nada de um quilo, dois quilos, três quilos assim. Nada disso! Não, não, não! Estou a postos, vigilante para não receber essa visitinha desagradável. 

Antes da cirurgia eu não ligava muito para doces não, meu paladar era predominantemente salgado. Agora eu não sei o motivo, mas sou doidinha por doces, uma formiga. Coisa mais doida! E uma das coisas que meu cirurgião me avisou antes de operar foi: abusar dos doces sabota o sucesso da cirurgia. E ele falou certinho. Você já percebeu, que quando você come algo como uma pizza, você come um pedaço e pronto, encheu, não cabe mais, saciou. E o doce? O doce você pode enjoar, mas encher não. Aí que mora o perigo. Extremamente calórico, não dá sensação de saciedade e você vai comendo, comendo e quando percebe aumentou do peso, num piscar de olhos. Outro risco que corro é que não sinto dumping com chocolate, então tenho que ficar ligada para realmente não abusar.

Por isso decidi usar uma estratégia a me preparar para páscoa de uma maneira diferente. Domingo, para pagar meus pecados, já comecei a receber chocolate. Fui a casa da Fernandinha e ela já me deu chocolate. Normalmente sempre recebo um ou outro mimo de alguém. E como ganhar peso não é uma opção fiquei pensando o que poderia fazer, e a idéia é fazer uma dieta restritiva com os carboidratos nas próximas duas semanas e poder comer meu ovo de páscoa tranquila, rsrs. Ah! Depois também vem uma dieta mais dura, carboidratos e doces. 

Quem tem problemas com peso tem sempre que se policiar, isso não é neura não, é precaução ou melhor: sustentabilidade, rsrs. É importante saber aproveitar bem as coisas da vida, mas sem deixar que elas me prejudiquem como antes.


quarta-feira, fevereiro 20, 2013

Cirurgias reparadoras pós gastroplastia

 O assunto hoje são as pelanquinhas pós operatório. Pois é bariamiga(o)s, não tem para onde correr não, ficamos assim mesmo, pelancudinhos e não é raro necessitarmos de umas plasticazinhas por aí. No meu caso, os 54 quilos eliminados deixaram suas marquinhas. Pele sobrando nos braços e um pouco nas pernas. A barriga, apesar de horrorosa, foi a que ficou melhor dentro do quadro geral, rsrs. Até os seios que eram uma fartura infinitiva ficaram só a... pele.

Já faz um tempo que tenho pensado em fazer reparadoras, mas estou precisando me livrar da anemia para ter a aprovação do meu médico. A idéia é reparar seios e barriga ainda esse ano. É que tenho uma alergia chatinha que é recorrente na minha barriga. Na questão de perda tão grande de peso, tem muita gente que malha e esse flacidez não fica tão marcante. Mas sem querer te apavorar, mas na maioria dos casos, não tem jeito. Te conto isso para você aproveitar e começar a se preparar para aceitar uma realidade: você fica magro, mas não top model. 
 
A realidade é bem menos glamourosa, o excesso de pele pode atrapalhar o  caminhar, pode causar infecções, assaduras e acreditem: até deformidades. Incontestável a baixa auto estima em casos assim. Incontestável também a necessidade de cirurgia reparadora, pois aqui o foco é a reparação; a estética vem como consequência mas não é a finalidade.

Geralmente, pacientes gastroplastizado são encaminhados para as reparadoras pelo próprio cirurgião, depois de levar em consideração o tempo de cirurgia, a estabilidade do peso e boa saúde de maneira geral. Então eles nos dão o aval para  procurar o plástico. O plástico então, com essas informações fará nova avaliação.

Quem operou (ou vai operar) por plano de saúde sabe bem como pode ser estressante esse processo. Algumas seguradoras fazem exigências e mais exigências, muitas vezes até se atrevem a negar de maneira arbitrária a gastroplastia. No caso das cirurgias reparadoras pode ser muito pior, considerando que eles costumam alegar se tratar de procedimento estético ou alegar que o procedimento não consta no rol da ANS.

Mas mesmo com toda essa marra dos planos, tenho boas notícias: as seguradoras devem autorizar as cirurgias reparadoras. Os tribunais, de maneira geral, têm entendido que A CIRURGIA REPARADORA DECORRENTE DE GASTROPLASTIA FAZ PARTE DO TRATAMENTO PARA OBESIDADE MÓRBIDA, NÃO CONFIGURANDO TRATAMENTO ESTÉTICO OU DE REJUVENESCIMENTO, RAZÃO PELA QUAL DEVE SER INTEGRALMENTE COBERTA PELO PLANO DE SAÚDE.

"Poxa, Raquel, que complicação! Ter que recorrer a justiça para operar, pura dor de cabeça!" Os planos, muitas vezes, agem de maneira abusiva porque acatamos o que eles decidem sem contestar. Apesar do incômodo de recorrer aos meios judiciais, você só estará fazendo valer seu direito e de tabela, também estará ajudando a mudar, aos poucos, essa realidade abusiva dos planos de saúde. "Ah! Mas advogado geralmente é carão..." Para isso existe defensoria pública. 

"Ah! Mas defensor público não cuida direito do processo..." Nada disso! Posso afirmar que os defensores públicos fazem parte do rol dos melhores advogados brasileiros. A diferença é que eles contam com um volume incalculável de causas para cuidar o que sobrecarrega e muitas vezes não deixa espaço para uma atenção tão vip assim. Mas isso, as vezes, nem pagando temos, observe o tanto de picareta que tem por aí...

Aproveito para  dar uma opinião, algo extremamente pessoal: se você recebeu um não e se encontra na situação de ter que recorrer aos meios judiciais, evite pedir indenizações por danos morais pela  negativa da seguradora. A idéia geral é convencer o juiz  que você necessita complementar seu tratamento da obesidade que se iniciou com a gastroplastia. Essa é só minha opinião. "Ah, Raquel! Mas eles abusam demais, me senti danada, passei tanta raiva e frustação." Tudo bem, eles realmente soltam as asinhas, mas a maioria dos juízes entendem que esses pequenos aborrecimentos e dissabores não configuram danos morais, são fatos comuns da vida, e a vida é cheia de intempéries mesmo. Faça ele olhar seu pedido com simpatia e só peça danos se realmente houve um real e efetivo dano.

E vamos que vamos, procurar um plástico bem porreta, para retirar nossas companheiras (temporárias) pelanquinhas, rsrs.





sexta-feira, fevereiro 15, 2013

Os dois lados da moeda

 "Sou exigente com a beleza: ela tem que vir de dentro."

A maioria das meninas que leio/acompanho o blog são casadas ou estão namorando. Tanto as que operaram, as que vão operar e as que fazem RA. E é nesses blogs (e as vezes em rede sociais) que vejo comentários sobre o namoro, paquera, amor das pessoas gordinhas ou obesas.

Eu realmente fico encantada com as meninas que contam que sempre foram paqueradas, namoraram, casaram, tiveram seus filhos independentemente do seu peso. Caramba, acho muito legal isso porque na minha cabeça essas meninas foram realmente amadas pelo que são independentemente de qualquer coisa. 

Eu sempre vivi o outro lado da moeda. Era praticamente invisível para o mundo masculino. Digo praticamente porque tive algumas poucas experiências por aí...

Aos 31 anos namorei muito pouco. Acredito que grande parte disso foi devido a minha maneira de ser e a outra parte por ser obesa. Não era uma pessoa desencanada que levava a obesidade numa boa não. Era extremamente complexada e fazia de tudo para viver no meu mundinho, de preferência bem longe dos rapazes.

Ser invisível para "eles" era ao mesmo tempo um alívio e terrível. O lado "bom" é que não queria que me notassem... obesa, e não ser notada me dava um pouco de alívio. Estranhamente, o lado terrível  também era não ser notada, rsrs, pois daí vinha a quase total inexistência de vida amorosa, e poxa, isso doía bastante, afinal eu tinha meus sonhos como qualquer pessoa.

E foi, depois de viver uma vida inteira obesa, com baixíssima auto estima, psicológico um caco, quase fóbica social e 54 quilos acima do peso normal optei pela cirurgia. Em um ano saí dos 120 quilos para os 66. E do nada eu apareci, deixei de ser invisível. Desde então comecei a receber atenções, telefonemas, convites e pedidos que antes nunca recebi. Até insistentes encontrei no meu caminho depois de emagrecer uns quilos.

Hoje os homens se acercam de mim, antes nem a pau. Hoje eu posso ser a namorada que se apresenta a família, antes nem a pau. Hoje recebo gestos de atenção e delicadeza que antes não recebia. Sabe o mais estranho disso tudo? Sou só eu, a Raquel. Seja com 120 ou 66 quilos, sou somente eu. Daí fico imaginando o quanto nós podemos ser superficiais (humanos).

A minha cabeça não entende essa dinâmica. Ela processa as coisas assim: quem realmente gosta de você, gosta do jeito que você é e ponto. Mas o difícil mesmo é encontrar por aí alguém que se se permita te ver como você é e não como você aparenta. Por isso digo e repito, acho lindo quando vejo as meninas contando sobre seus namorados e esposos. Valorizem meninas, isso sim é gostar de verdade e é raro no dias atuais. 

O meu desafio atualmente, com todas essas mudanças é não me permitir ser igual àquelas pessoas que só enxergam parte e não o conjunto inteiro. É perceber além das aparências as pessoas, pois acredito que o que é realmente importante nessa vida não podemos ver, o essencial é invísivel aos olhos, mas é sempre muito claro ao coração.


sexta-feira, fevereiro 08, 2013

Não acomodar com o que incomoda

Enfim fevereiro chegou, que alívio! 

Uai, Raquel, tanta ansiedade é para pular o carnaval? Não, o motivo é outro e vou contar para você.

Janeiro foi um mês bem difícil para mim, apesar de ser o mês do meu aniversário (completei 31 aninhos), este ano não me sentia com muitos motivos para comemorar. Também foi mais um mês de espera o que ironicamente me agoniou demais. Esses 31 dias pareciam intermináveis. E agora que fevereiro, finalmente chegou, estou rindo a toa, respirando aliviada.

É que deixei de estar a toa. Definitivamente, mente vazia é oficina do diabo. Falo por mim e com autoridade. Nada melhor que cabeça e corpo ocupados com coisas boas e produtivas. Nossa! Estava precisando muito disso.

Até um tempo atrás eu vivia numa inércia danada e nem ligava. Antes quando algo me doía ou incomodava ficava nisso mesmo, não fazia nada a respeito. Mas depois da cirurgia, algumas coisas mudaram... Não sei como, nem quando e nem o porque exatamente, mas minha atitude de inércia passou, finalmente, a ser vista por mim como anormal e não saudável. 

É lógico, Raquel, você pode pensar. Como é que a pessoa vai sentir dor/incômodo e não fazer nada? Concordo contigo, é obvio. Mas vou te falar, não era tão obvio para mim isso antes. Antes eu só carregava a dor e pronto, sem questionar.
 
Hoje quando me deparo com situações assim, me incomodam tanto que tenho que fazer alguma coisa sim ou sim. Diferentemente de antes, só observar tudo passivamente não serve, tenho que fazer algo para mudar a situação pois me sinto insuportavelmente sufocada, não consigo mais ser conivente com este tipo de situação.
Ainda não sei dizer se parte da velha Raquel morreu ou acordou, só sei dizer que mudou, mudou muito. O que antes era aceito agora não mais. Antes incomodava e ficava nisso mesmo, agora é assim: "Está te incomodando minha filha? Então vamos mudar, né.". Não acomodar com o que incomoda. Taí, é isso mesmo.
Mas sabe, antes de chegar aqui eu perdi muito tempo, derramei muitas lágrimas e sofri bastante para aprender a agir. 
 
Fevereiro chegou assim, cheios de desafios e é isso mesmo que quero e preciso. Sonhar é muito bom, gostoso de verdade. Sonhar nos enche de esperanças e vida, mas realizar os sonhos é muito melhor. Viver o hoje sem ficar só esperando por um eterno amanhã é o verdadeiro viver.

Para quem gosta, desejo um ótimo carnaval (com responsabilidade). 


Para quem não gosta de pular, que curta bastante o feriadão que é bem gostoso. 

E o meu carnaval??? Volto logo para contar BOAS novidades. (:

quarta-feira, janeiro 23, 2013

Foco, força e fé.


Foco, força e fé. Sempre achei bem bacana o conceito contido nessa frase motivacional. Olha  que legal a dinâmica da coisa.

Quando desejamos algo nossa atenção se volta para o objeto do nosso desejo e começamos a pensar numa maneira de ter/alcançar o que desejamos. Existem desejos que não exigem de nós grande esforços para alcançarmos/termos algo e existem outros, que a regra será  a ação como meio de superação de obstáculos até atingirmos o objetivo pretendido.

Quando nos damos conta que esse algo que desejamos exigirá de nós uma constante ação com grande grau de comprometimento/esforço vamos ter duas posturas: desistir ou tentar. Se julgarmos que esse comprometimento/esforço é válido para alcançar o que desejamos então encontramos nosso foco. Isso é o foco, a clareza de que para alcançar algo que desejo é necessário determinado grau esforço/comprometimento até alcançá-lo. E é essa clareza que nos mantém no caminho até o ter/alcançar nosso objetivo.

Durante o caminho podemos encontrar (e geralmente encontramos muitos)  imprevistos, dificuldades e obstáculos que exigirão de nós além do foco a  força. Força física? Não. Força moral de superação.

E a fé? A fé é o que nos dá a força, que nos faz levantar naqueles momentos que em achamos que não podemos seguir mais. É a fé nos coloca em pé novamente, nos mostra a força que temos e nos faz seguir sempre em frente apesar dos pesares.
 
Foco, força e fé. Os 3Fs só funcionam quando juntinhos, entrelaçados, esse é o segredo do trio vitorioso. Vamos usá-lo e ver as mudanças acontecerem. Vamos tentar! Não importa se cairemos cem vezes, se isso acontecer teremos duzentas oportunidades para levantarmos e seguirmos rumo aos nossos objetivos. E assim, aos pouquinhos, vamos descobrindo a pessoa incrivelmente cheia de foco, força e fé que nós somos.

Em 2013, o que merecerá seus 3Fs? 









terça-feira, janeiro 22, 2013

Raquel, a teimosa.

É sim, bariamiga(o)s, sou teimosa sim. Pensando bem, deixe-me analisar... Será que a palavra seria teimosa? Qual  palavra definiria melhor a pessoa que faz um tempão que não vai a nutricionista da equipe nem foi a consulta de 1 ano com o cirurgião? É, acho que a palavra certa é irresponsável mesmo. Raquel, a irresponsável.

Ando meio assim desligada comigo, irresponsável mesmo. A anemia nem sei se curou pq fugi da equipe. Mas acho que não por tudo que ando sentindo... O emagrecimento até agora não parou. Minha meta era de 69kg mas agora estou pesando 66kg.Nem sei se isso é bom ou ruim, pq a criatura anda fugida da nutricionista. Estou precisando voltar a me cuidar enquanto isso é uma opção e não uma imposição por alguma coisa que saiu fora do controle por pura irresponsabilidade. 

Faz tempo que não escrevo no blog e não é por falta de assunto não. Eu tinha muitas coisas para contar, tantas que daria quase um livro ou uma novela. Mas falar de coisas tristes é como alimentá-las, só ando falo mesmo com meu psicólogo (é, agora frequento um, rsrs, nem tudo está perdido...) para ver se elas ficam lá no passado. 

E acho que este espaço deve ter o foco maior na superação não no "mimimi". Caí, doeu, chorei mas me levantei e segui. Isso acho importante, e é por isso que não vou encher a paciência de vocês com minha novela da vida real, rsrs. Mas quero dizer que aos pouquinhos estou superando, e que 2013 chegou cheio de projetos, cheio de possibilidades e nesse sentindo me sinto muito feliz e animada. Espero que vocês também estejam bem animadas com esse ano.

Faltam poucos dias para o mês terminar, vou aproveitar para ir a nutricionista e ao cirurgião pq em fevereiro estarei bastante ocupada (quem bom! mente vazia oficina para o que não presta, rsrs).

Para quem anda irresponsável como eu, vamos abrir os olhos antes que a dor venha abrir para nós. E para as que cuidam direitinho, parabéns, vocês são um exemplo.